spot_img

Ministros do STF seguem voto de Dino e liberam emendas parlamentares com regras de transparência

STF exige novas regras para pagamento de emendas parlamentares, priorizando transparência e rastreabilidade

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) acompanhou, por unanimidade, o ministro Flávio Dino liberou o pagamento das emendas parlamentares RP9 (emendas de relator) e RP8 (emendas de comissão), bem como das chamadas emendas Pix, desde que sejam respeitadas regras constitucionais de transparência, rastreabilidade e controle público.

Questão jurídica envolvida

O caso analisou o cumprimento de requisitos de transparência na execução de emendas parlamentares, considerando o julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 854, realizado em 2022. A principal questão foi assegurar o controle público sobre a origem e o destino dos recursos alocados, atendendo a princípios constitucionais como publicidade e eficiência.

O ministro Flávio Dino definiu que o pagamento das emendas só poderá ocorrer mediante identificação do autor e do beneficiário final no Portal da Transparência, separação entre o relator do orçamento e o autor das emendas, e análise de conformidade prévia pelo Executivo. Para as emendas Pix, foi exigida a apresentação de um plano de trabalho antes da liberação, com prazo de 60 dias para regularização de pendências relativas a exercícios anteriores.

Fundamentos jurídicos do julgamento

A decisão baseou-se no artigo 37 da Constituição Federal, que estabelece os princípios da administração pública, incluindo publicidade, moralidade e eficiência. O ministro destacou que a transparência na execução do orçamento público é essencial para prevenir irregularidades e garantir a rastreabilidade dos recursos públicos.

Além disso, determinou que a fiscalização das emendas Pix é competência exclusiva do Tribunal de Contas da União (TCU), vedando alterações normativas ou administrativas que transfiram essa responsabilidade a outros órgãos.

Impactos práticos da decisão

A imposição de critérios rigorosos de rastreabilidade e transparência visa aumentar o controle sobre a aplicação de recursos provenientes das emendas parlamentares. Isso inclui a exigência de que os dados sobre serviços, obras e compras financiados com esses recursos sejam publicados no Portal da Transparência.

A decisão também afeta diretamente a gestão das emendas Pix, ao exigir maior rigor na sua liberação a partir de 2025, e pode impactar a execução orçamentária de projetos que dependem dessas transferências, caso os critérios não sejam atendidos.

Legislação de referência

  • Constituição Federal
    Artigo 37, caput:
    “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.”

Processo relacionado: ADPF 854

Siga a Cátedras:
Relacionadas

Deixe um comentário:

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Publicidade -spot_img

Cadastre-se para receber nosso informativo diário

Últimas