90% das maiores empresas do mundo não cumprem expectativas sociais de Direitos Humanos, diz relatório

Relatório da World Benchmarking Alliance destaca falhas na proteção dos direitos trabalhistas

A World Benchmarking Alliance divulgou um relatório na terça-feira revelando que 90% das 2.000 empresas mais influentes do mundo não atendem às expectativas sociais relacionadas aos Direitos Humanos. A Aliança instou legisladores e investidores a garantir que as empresas sejam responsabilizadas pela proteção dos direitos trabalhistas.

Principais Descobertas do Relatório

O relatório revelou que empresas sediadas em países com regulamentações de Direitos Humanos obtiveram uma pontuação 60% maior, em média, em comparação com empresas baseadas em países sem regulamentações relacionadas. Apenas 20% das empresas realizam alguma forma de diligência devida em Direitos Humanos.

No que diz respeito a salários dignos e horas de trabalho razoáveis, o relatório descobriu que apenas 4% das empresas “se comprometem ou realmente pagam aos seus funcionários um salário digno” conforme os padrões da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Isso destaca a importância de estabelecer padrões legais mínimos de Direitos Humanos.

Além disso, apenas 3% das empresas possuem uma política de horas de trabalho que cumpra o padrão. Em 1935, os estados membros da OIT concluíram a Convenção da Semana de Quarenta Horas, que estabeleceu o princípio de uma semana de trabalho de quarenta horas para reduzir as horas de trabalho e garantir que os trabalhadores possam compartilhar os benefícios do rápido progresso técnico característico da indústria moderna.

Recomendações e Sustentabilidade

O relatório também destacou a necessidade de que as estratégias de sustentabilidade do setor privado sejam coerentes com as atividades de lobby e recomendou que as empresas se envolvam ativamente com as partes interessadas afetadas por suas atividades empresariais.

A World Benchmarking Alliance é uma organização que visa identificar áreas de Direitos Humanos nas quais as empresas mais influentes do setor privado podem melhorar. A organização então avalia o progresso individual das empresas para incentivar a conformidade com os padrões de Direitos Humanos. Seu Social Benchmark avalia como as empresas mais influentes do mundo atendem às “expectativas fundamentais da sociedade em três áreas de medição – respeitando os Direitos Humanos, proporcionando trabalho decente e agindo eticamente.”

A Aliança baseia seus padrões de Direitos Humanos nos Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos (UNGPBHR). Um aspecto central dos UNGPBHR é a defesa da diligência devida em Direitos Humanos, que exige que as empresas tomem medidas proativas para evitar violações de Direitos Humanos e criem estruturas organizacionais que mitiguem violações quando elas ocorrerem.

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