O Irã anunciou um indiciamento direcionado ao governo dos Estados Unidos e a 73 oficiais militares em relação à morte do General Qassem Soleimani, segundo relatos da mídia estatal iraniana no domingo. Soleimani foi morto em um ataque de drone ordenado pelo ex-presidente americano Donald Trump em 3 de janeiro de 2020.
Detalhes do Indiciamento
O chefe do judiciário de Teerã declarou que um indiciamento de 164 páginas foi arquivado contra o governo dos Estados Unidos e 73 oficiais militares e estadistas americanos, notificando-os para nomear representantes legais. O caso foi encaminhado ao Tribunal Criminal de Teerã e o julgamento será realizado publicamente. De acordo com o Artigo 217 do Código de Processo Penal do Irã, casos que não possuem um ‘componente divino’ podem ocorrer na ausência dos acusados.
Reações e Consequências
O ataque de drone que matou Soleimani desencadeou uma série de ações retaliatórias por parte do Irã. Em resposta, o Irã se retirou do acordo nuclear de 2015, embora a administração Trump já tivesse se retirado unilateralmente do acordo dois anos antes. Além disso, o Irã rotulou as forças armadas dos EUA e o Pentágono como organizações terroristas.
Sanções e Ações Simbólicas
Em um gesto amplamente simbólico, o Irã inicialmente impôs sanções a vários ex-oficiais seniores dos EUA, incluindo o ex-presidente Trump, em 2021, que não possuem ativos listados dentro do Irã. Em 2022, o ex-presidente iraniano Ebrahim Raisi também pediu que Trump fosse responsabilizado legalmente pelo ataque.
Contexto Internacional
A morte de Soleimani aumentou as tensões entre os EUA e o Irã, levando a uma escalada de ações militares e diplomáticas entre os dois países. Este indiciamento é mais um capítulo na complicada relação entre as duas nações e ressalta as contínuas tensões e busca por justiça pelo Irã.