UE expressa preocupações com direitos humanos na China

União Europeia critica tratamento de minorias em Xinjiang, Tibete e Hong Kong durante sessão de diálogo de direitos humanos

Na segunda-feira, a União Europeia manifestou preocupações sobre a situação dos direitos humanos na China, particularmente nas regiões de Xinjiang, Tibete e Hong Kong, durante a 39ª sessão do Diálogo Conjunto de Direitos Humanos em Chongqing.

Principais Preocupações da UE

A UE chamou a atenção para a situação precária das minorias religiosas, étnicas e linguísticas na China. Foram mencionados relatos de detenções ilegais, desaparecimentos forçados, tortura e maus-tratos. Além disso, a UE destacou a prisão de defensores de direitos humanos e advogados que lutam pela promoção e proteção desses direitos.

Situação dos Uigures em Xinjiang

A China tem sido duramente criticada pela comunidade internacional devido ao tratamento dado aos muçulmanos uigures em Xinjiang. Há denúncias de que muitos uigures foram detidos sem justificativa e enviados para campos ou prisões. Um relatório das Nações Unidas de 2022 indicou que a minoria muçulmana foi submetida a trabalho forçado, caracterizando graves violações dos Direitos Humanos.

Direitos Humanos no Tibete

A Anistia Internacional tem documentado abusos de direitos humanos no Tibete, onde o governo chinês teria imposto medidas severas para isolar a região, limitando a comunicação e interação com o resto do mundo.

Autonomia de Hong Kong

A UE também ressaltou a erosão da autonomia de Hong Kong, especialmente após a implementação da Lei de Segurança Nacional. Segundo a UE, essa legislação restringe as liberdades e direitos dos residentes de Hong Kong, colocando a região sob maior controle do governo central chinês.

Apelo da União Europeia

A UE instou a China a libertar imediatamente todas as pessoas detidas injustamente e a reavaliar seu sistema de segurança nacional para garantir conformidade com as normas internacionais de Direitos Humanos.

Resposta da China

Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, declarou que o país está disposto a cooperar em questões de direitos humanos com base na igualdade e no respeito mútuo. Lin criticou a UE por, segundo ele, politizar questões de Direitos Humanos e aplicar padrões duplos, além de interferir nos assuntos internos da China.

Visita ao Tibete e Próximos Passos

Durante o diálogo, uma delegação da UE visitou o Tibete entre 13 e 15 de junho para observar a situação local. O diálogo de direitos humanos entre a UE e a China, interrompido desde 2019, foi retomado em 2022. Apesar de pedidos de grupos de Direitos Humanos para suspender o diálogo até que a China demonstre progresso real, a UE manteve a reunião deste ano e planeja o próximo encontro para 2025.

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