O Tribunal Regional de Sverdlovsky declarou na segunda-feira que o julgamento do jornalista americano Evan Gershkovich será realizado a portas fechadas. Conforme divulgado pelo tribunal e reportado pela TASS, a primeira sessão acontecerá em 26 de junho. Gershkovich estava anteriormente detido em um centro de detenção preventiva, durante o qual seu recurso para ser libertado foi negado pelo Tribunal da Cidade de Moscou.
Acusações e Detenção
Gershkovich, repórter do Wall Street Journal, foi detido em março de 2023 sob acusações de espionagem. Em abril de 2023, ele foi formalmente acusado do crime, com o Serviço Federal de Segurança da Rússia acusando-o de espionar o complexo militar-industrial russo para os EUA. Embora essas acusações tenham sido negadas, Gershkovich continuou detido, apesar do Departamento de Estado dos EUA tentar negociar sua libertação e declarar a detenção como injusta. Este é também o primeiro caso em que um jornalista americano é acusado de espionagem na Rússia desde 1991, quando ocorreu a queda da União Soviética.
Extensões de Detenção e Negociações
A detenção preventiva de Gershkovich foi repetidamente estendida após o período inicial previsto para terminar em maio de 2023. No entanto, cinco extensões foram concedidas enquanto as negociações entre os EUA e a Rússia prosseguiam, com o presidente russo Vladimir Putin afirmando: “Estamos prontos para devolver cidadãos americanos sob custódia ao seu país. Mas as condições devem ser mutuamente aceitáveis. O lado americano deve nos ouvir”. Ele também negou todas as alegações de falta de investigação adequada.
Processo e Outros Casos Relacionados
O escritório do Procurador-Geral da Rússia anunciou na semana passada que aprovou a acusação formal de espionagem contra Gershkovich. A acusação de Gershkovich é acompanhada por extensões de detenção e condenações de outros nacionais com dupla cidadania, incluindo a jornalista Alsu Kurmasheva e Yuri Malev.