No domingo, o Vice-Ministro da Defesa Nacional da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) anunciou que o país cessaria o envio de balões carregados de lixo para a Coreia do Sul. O projeto de balões de lixo começou em 28 de maio, transportando papel e resíduos para áreas metropolitanas como Seul. A RPDC afirma ter enviado 15 toneladas de lixo em 3.500 balões. Meios de comunicação sul-coreanos relatam que os balões também continham excremento.
Retaliação aos Balões Sul-Coreanos
Os balões foram lançados em retaliação aos balões enviados para a Coreia do Norte por ativistas sul-coreanos, que tentaram compartilhar propaganda contra o estado norte-coreano por meio de panfletos anti-Pyongyang. Os balões sul-coreanos continham evidências de sua cultura, incluindo drives USB com músicas e cultura pop, fontes de entretenimento ilegais na Coreia do Norte.
Declarações de Kim Yo Jong
Kim Yo Jong, Diretora Adjunta do Departamento de Publicidade e Informação do Partido dos Trabalhadores da Coreia e irmã do Líder Supremo Kim Jong Un, emitiu um comunicado condenando a hipocrisia do governo sul-coreano. Sua declaração aborda como a reação da Coreia do Sul reflete a gravidade das ações que ela tem realizado há anos, chamando a atenção para os frequentes balões de propaganda que o Sul tem enviado para a capital da RPDC há anos.
Kim Yo Jong afirmou que, se os balões da RPDC são uma “óbvia violação do direito internacional”, como relatado pela República da Coreia, então os balões de propaganda também devem ser. No entanto, ela destacou a decisão do governo sul-coreano de revogar sua legislação que proibia balões de propaganda, afirmando que isso violava a liberdade de expressão. A declaração final de Kim Yo Jong foi que a Coreia do Norte cessaria o envio de balões cheios de lixo se a Coreia do Sul parasse de enviar propaganda. Contudo, ela advertiu que, se a Coreia do Sul enviasse mais panfletos, mais balões seguiriam.
Resposta da Coreia do Sul
A Coreia do Sul negou responsabilidade pelos balões lançados e condenou as ações da Coreia do Norte, chamando-as de ‘desumanas’ e ‘de baixo nível’. Funcionários sul-coreanos relataram que o governo começou a cooperar com a ONU após o incidente para garantir a segurança pública.