Na sexta-feira, Alemanha e EUA autorizaram a Ucrânia a atacar locais específicos dentro da Rússia usando armamento de longo alcance fornecido pelos dois países. Essa mudança significativa na política acontece enquanto as forças ucranianas, enfrentando escassez, continuam a perder território no conflito.
Direito de Defesa da Ucrânia
A Alemanha afirmou o direito da Ucrânia de defender seu território conforme o direito internacional, destacando especificamente o direito da Ucrânia de repelir ataques provenientes do solo russo. Essa declaração segue o aumento das hostilidades perto de Kharkiv, onde as forças russas têm se preparado, coordenado e realizado ataques, segundo o governo alemão. A Ucrânia está autorizada a usar armas fornecidas pela Alemanha para atacar essas agressões diretamente na fonte, logo após a fronteira.
Declarações dos EUA
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse em uma conferência de imprensa em Praga na sexta-feira que esta medida é uma resposta às forças russas que estão “se concentrando no lado russo da fronteira” perto de Kharkiv. Quando questionado se os EUA permitiriam que a Ucrânia estendesse seus ataques mais profundamente no território russo, Blinken respondeu que os EUA continuariam a “adaptar e ajustar” conforme a situação evolui.
Reações e Implicações
Embora permitir que a Ucrânia ataque as capacidades russas na região possa fortalecer a defesa de Kharkiv, o impacto de relaxar essas restrições sobre a direção geral do conflito durante um período crucial permanece incerto. No entanto, essa decisão provocou uma reação veemente de Moscou, com advertências de que isso poderia levar a um confronto direto entre a Rússia e a OTAN. Dmitry Medvedev, vice-chefe do Conselho de Segurança da Rússia, alertou em resposta à mudança de política que os países ocidentais podem estar cometendo um “erro fatal” ao acreditar que a Rússia se absteria de usar armas nucleares táticas.
Preocupações com a Escalada do Conflito
Líderes ocidentais têm sido relutantes em relaxar as restrições ao uso de suas armas devido às preocupações de que isso possa provocar o presidente russo, Vladimir Putin. Putin advertiu consistentemente que o envolvimento direto de países ocidentais poderia escalar a situação para um conflito nuclear, representando um risco à segurança global.
Declaração da OTAN
O Secretário-Geral da OTAN, Jens Stoltenberg, falando na sexta-feira, defendeu a remoção das restrições ao uso de armas fornecidas pelo Ocidente pela Ucrânia. Ele justificou essa posição enfatizando a importância de “defender o direito internacional – especificamente o direito de autodefesa da Ucrânia.”
Contexto Atual
A autorização de sexta-feira vem enquanto autoridades ucranianas relatam que as forças de Moscou estão intensificando suas operações na região sul de Donetsk e reunindo tropas para um ataque projetado na região norte de Sumy.