Gilmar Mendes mantém punição de Marcinho VP por espancamento em penitenciária

Líder do Comando Vermelho perdeu um terço dos dias remidos após agressão em 2018

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a decisão que puniu Márcio Santos Nepomuceno, conhecido como “Marcinho VP”, líder do Comando Vermelho, por participação em um espancamento na Penitenciária Federal de Catanduvas (PR). O incidente ocorreu em setembro de 2018, quando Marcinho VP e outros detentos agrediram um preso durante o banho de sol. A vítima foi socorrida desacordada, e os agressores foram punidos com a perda de um terço dos dias remidos, que poderiam ser usados para reduzir suas penas.

Recurso da defesa

A defesa de Marcinho recorreu em todas as instâncias da Justiça até o caso chegar ao Supremo por meio do Habeas Corpus (HC) 240906.

Fundamentação da decisão

Ao analisar o pedido, o ministro Gilmar Mendes concluiu que a decisão que puniu Marcinho VP estava devidamente fundamentada e que o contraditório e a ampla defesa foram garantidos durante o processo disciplinar. “A penalidade foi aplicada e homologada a partir de provas idôneas constantes dos autos, respeitadas as garantias do paciente”, afirmou o ministro.

Questão jurídica envolvida

A decisão reafirma a validade das punições disciplinares aplicadas a detentos com base em provas idôneas e assegurando os direitos ao contraditório e à ampla defesa durante o processo.

Legislação de referência

Constituição Federal: Art. 5º, LV – “Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.”

Processo relacionado: HC 240906

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