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Guia sobre transporte aéreo de animais é lançado com base em normas da Anac

A iniciativa visa garantir a segurança, o conforto e o bem-estar dos animais domésticos durante o transporte aéreo

As principais associações do setor aéreo lançaram o “Guia de Orientações para Transporte Aéreo de Cães e Gatos”, com base no Código de Conduta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A iniciativa integra o Plano de Transporte Aéreo de Animais (PATA), desenvolvido pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR), e visa garantir a segurança, o conforto e o bem-estar dos animais domésticos durante o transporte aéreo.

Contexto do lançamento do guia

O guia foi elaborado por entidades como a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) e a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), em colaboração com o Governo Federal. O documento é parte do Plano PATA, lançado em outubro deste ano, que segue padrões internacionais adotados em 45 países.

A cartilha apresenta orientações detalhadas sobre a escolha adequada do contêiner, alimentação, hidratação e manejo do estresse do animal durante as viagens. Além disso, aborda a documentação necessária e as políticas de cada companhia aérea, garantindo previsibilidade e segurança aos tutores.

Fundamentos jurídicos do ato administrativo

A elaboração do guia está fundamentada no Código de Conduta da Anac, que regulamenta padrões operacionais e diretrizes para o transporte de animais domésticos no Brasil. A Anac atua com base na Lei 11.182/2005, que define suas competências regulatórias no setor aéreo.

Além disso, o Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565/1986) estabelece normas sobre o transporte aéreo de passageiros, carga e animais, determinando a aplicação de padrões técnicos que garantam segurança e eficiência operacional.

Questão jurídica envolvida

A questão jurídica central envolve a proteção e o bem-estar dos animais durante o transporte aéreo, sob a ótica do Direito Administrativo e do Direito do Consumidor. As normas padronizadas no guia asseguram previsibilidade e transparência para os tutores, garantindo que seus direitos sejam respeitados no embarque de pets.

A regulamentação também reforça o papel da Anac como autoridade reguladora, assegurando o cumprimento das políticas por todas as companhias aéreas, nos termos das leis e regulamentos vigentes.

Impactos práticos do guia

O lançamento do guia oferece aos tutores informações essenciais para a preparação de seus animais de estimação, com orientações como:

  • Escolha do contêiner adequado, conforme porte e peso do animal;
  • Documentação obrigatória exigida pelas companhias aéreas;
  • Cuidados durante a viagem, como alimentação, hidratação e manejo do estresse do pet.

O Plano PATA ainda prevê avanços como serviços veterinários de emergência nos aeroportos e dispositivos tecnológicos de rastreabilidade dos animais, garantindo acompanhamento desde o embarque até o desembarque.

Legislação de referência

  • Lei 11.182/2005:
    “Art. 8º. Compete à Anac: (…)
    III – regular e fiscalizar as atividades de aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária;
    (…) VIII – adotar normas e padrões mínimos de segurança para a aviação civil.”
  • Lei 7.565/1986 (Código Brasileiro de Aeronáutica):
    “Art. 231. O transporte de animais vivos será realizado em condições que assegurem o bem-estar e a segurança, observando as normas técnicas e regulamentares aplicáveis ao modal aéreo.”

Fonte: Portos e Aeroportos

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